Uma boa alimentação aliada à prática regular de atividade física traz muitos benefícios para a saúde. Embora grande parte da população tenha conhecimento a esse respeito, inúmeras pessoas encontram-se sedentárias com hábitos alimentares pouco saudáveis. O acesso aos alimentos pobres em nutrientes, ricos em sal ou açúcar, com alto teor de gordura e, ainda, com menor custo, assim como as comodidades e o conforto do mundo moderno, contribuem para um estilo de vida pouco saudável.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a má alimentação e a inatividade física, acrescidas pelo tabagismo, são os principais fatores de risco para diversas doenças, como as cardiovasculares, diabetes, hipertensão, determinados tipos de câncer, além de excesso de peso. Por outro lado, uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas, podem reduzir a carga de morbidade, mortalidade e incapacidade no presente e no futuro e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A Estratégia Global em Dieta, Atividade física e Saúde da OMS (2003) recomenda que se acumule pelo menos 30 minutos de atividade física regular, de intensidade moderada na maior parte dos dias da semana. Em relação à alimentação, recomenda-se: Controlar o balanço energético (equilibrar as calorias ingeridas e gastas pelo organismo), manter o peso saudável; limitar o consumo de gorduras totais, substituir o consumo de gorduras saturadas por insaturadas e eliminar o consumo de gorduras trans; aumentar o consumo de frutas, vegetais, cereais integrais e castanhas; limitar o consumo de açúcares livres; limitar o consumo de sal (sódio) de todas as fontes e assegurar que o sal seja iodado. Dentre tais recomendações, tem sido dada prioridade ao incentivo ao aumento do consumo de frutas e vegetais, pelo menos cinco porções diárias, cerca de 400g/dia.
Levanta-se a importância de se criar políticas de saúde que contemplem atividades físicas combinadas com uma alimentação adequada como condição básica para diminuir os níveis de incidência de diversas doenças nas populações.
“A prática de atividade física ou o controle alimentar utilizados isoladamente não surtem o mesmo efeito que tais práticas realizadas de forma combinada,” diz Rosilene Cardoso Monteiro, professora do curso de Nutrição, da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa.