Pau Brasil árvore que dá nome ao nosso país

Pau Brasil árvore que dá nome ao nosso país
Publicado em 03 de maio de 2013

Pau Brasil (Foto: Governo Federal/Ceplag)

Cristiane Pires Sampaio, Gestora do Curso Superior de Tecnologia em “Gestão Ambiental da Univiçosa/Esuv*

Em 1978, através da lei federal 6607, o Pau-Brasil (Caesalpinia echinata Lam) foi declarado nossa “Árvore Nacional”, e sua data comemorativa oficial é 3 de maio. A árvore ainda é conhecida por outros nomes populares: ibirapitanga, orabutã, arabutá, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, pau-rosado, pau-pernambuco.

Em 1500, na chegada de Cabral, Pero Vaz de Caminha descreveu: "mataria que é tanta, e tão grande, tão densa e de tão variada folhagem, que ninguém pode imaginar." Diante da exuberância encontrada pelos portugueses, eles descobriram a existência de uma riqueza para eles inesgotável: o Pau-Brasil.

Alguns historiadores afirmam que realmente a árvore com tronco espinhento e avermelhado deu origem ao nome do País. Devido à sua beleza e utilidade, muitas espécies foram levadas diretamente para Portugal após a descoberta do Brasil. O sucesso na Europa, somado à localização das florestas junto ao litoral — o pau-brasil é típico da Mata Atlântica, levou a árvore à extinção.

Os índios brasileiros já utilizavam esta árvore para a confecção de arcos e flechas e para pintura de enfeites, com um corante vermelho intenso extraído do cerne. A técnica foi ensinada aos portugueses pelos próprios índios que também foram encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde carregavam os navios a serem enviados para a Europa. O ciclo econômico teve início em 1503 e, até 30 anos após a chegada dos portugueses, era o único recurso explorado pelos colonizadores. Nesse período, calcula-se que foram exploradas 300 toneladas de madeira por ano, sempre aumentando nos anos seguintes.

Quase desconhecida pelos brasileiros, essa árvore deveria estar presente em todas as praças, escolas e ruas dos estados que abrigam a Mata Atlântica. A árvore, que pode atingir 30 metros de altura, chegou a ser considerada extinta da natureza e, por pouco, não desapareceu, depois de 375 anos de exploração. Considerada a árvore nacional, está protegida por lei e não pode mais ser cortada das florestas.

* Engenheira Agrícola. Mestre e Doutora em Processamento de Produtos Agrícolas. Pós-Doutora Junior em Biocombustíveis


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/47665772-6fa6-4207-8d62-cf9196c9ecdd