Adriana Maria Patarroyo Vargas: Farmacêutica, Mestre em Bioquímica. Professora do Curso de Farmácia da Univiçosa
É comum nos depararmos com estudantes preocupados com o desempenho acadêmico. Na tentativa de melhorar a concentração durante os estudos e garantir um melhor rendimento, muitos fazem uso de substâncias estimulantes de forma errônea.
A ritalina (cloridrato de metilfenidato) é um medicamento com comercialização controlada, indicado para o tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). O diagnóstico da doença requer uma investigação médica, neuropsicológica, educacional e social. Seu uso inadequado pode causar dependência química, sendo a substância classificada pela Drug Enforcement Administration como um narcótico.
As reações adversas são inúmeras: insônia, cefaleia, náusea, vômito, dor abdominal, queda de cabelo, tontura, taquicardia e arritmias são as mais comuns. As reações mais graves podem causar: angina, convulsões e hemorragias cerebrais. Considerando todos esses fatores fica claro que seu uso deve ser restrito ao tratamento de TDAH e sempre com acompanhamento médico.
Mudanças de hábitos alimentares e período de sono adequado, são formas seguras de melhorar o desempenho acadêmico.
Desde o início do curso de Farmácia os alunos aprendem os riscos da automedicação e tornam-se disseminadores de informação evitando que amigos e familiares façam uso inadequado dos medicamentos. Assim, aprendem a importância do farmacêutico como profissional da saúde.