Tanto alimentos diet quanto light não têm necessariamente o conteúdo de açúcares ou energia reduzido
Viviane Gomes Lelis. Engenheira de Alimentos, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Professora do Curso de Nutrição.
É perceptível que parte da população manifeste uma interpretação errada em relação aos alimentos light e diet. Grande parte dos consumidores busca estes produtos quando têm como objetivo a perda de peso, mas muitas vezes não estão tomando a atitude correta.
Segundo o Manual de Orientação aos Consumidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os alimentos diet são aqueles especialmente formulados para grupos da população que apresentam condições fisiológicas específicas. Como, por exemplo, geleia para dietas com restrição de açúcar. São feitas modificações no conteúdo de nutrientes, adequando-os a dietas de indivíduos que pertençam a esses grupos da população. Apresentam em sua composição quantidades insignificantes ou são totalmente isentos de algum nutriente.
Já os alimentos light são aqueles que apresentam a quantidade de algum nutriente ou valor energético reduzido quando comparado a um alimento convencional. São definidos os teores de cada nutriente e ou valor energético para que o alimento seja considerado light. Por exemplo, iogurte com redução de 30% de gordura é considerado light (site: ANVISA). Outro exemplo é o sal light, com redução de teor de sódio. Nenhum destes exemplos teve redução de calorias.
Tanto alimentos diet quanto light não têm necessariamente o conteúdo de açúcares ou energia reduzido. Podem ser alteradas as quantidades de gorduras, proteínas, sódio, entre outros.
Desta forma, quando se pretende usar um alimento para perda de peso, além de procurar um nutricionista, é importante a leitura dos rótulos, pois light e diet não são necessariamente produtos com redução calórica.