Das 7h às 22h desta quarta-feira (20), alunos das duas unidades da Univiçosa, professores, profissionais de diversas áreas e convidados especiais participaram intensamente do VI SIMPAC: Simpósio de Produção Acadêmica.
No início da manhã, centenas de alunos, professores e funcionários acompanharam a instalação do SIMPAC, conduzida pelo Professor Rogério Pinto que, em conjunto com a Professora Eliene Martins, coordenou a comissão organizadora do Simpósio. O Diretor Geral, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues, falou do estímulo que a Faculdade oferece a quem se interessa pela investigação científica e da importância de divulgar as pesquisas realizadas pelos alunos e seus orientadores. O Diretor Administrativo-Financeiro, Mateus Mendonça Vieira, destacou os reflexos sociais das pesquisas quando os resultados dos estudos chegam à população gerando benefícios para a coletividade. O Diretor Acadêmico, Professor Per Christian Braathen, deu as boas-vindas e convidou a todos para assistirem as apresentações e verem de perto cada trabalho.
A Biomédica Christiane Mariotini Moura Vasconcelos, Mestre e Doutorando em Biologia Celular pela Universidade Federal de Viçosa, ministrou palestra sobre Desenvolvimento de Drogas para Tratamento de Doenças Negligenciadas. “É muito positivo ver o interesse dos alunos pela pesquisa. O que acontece aqui permite a interação da Universidade Federal com a Univiçosa. Os alunos podem ver o que é feito bem aqui do lado deles e conhecer as oportunidades que eles têm, ao alcance deles”, diz.
A Professora Adriana Maria Patarroyo Vargas [Farmácia], disse que o SIMPAC é o momento que se tem de mostrar os trabalhos feitos ao longo do ano. “É muito gratificante ver que o que a gente faz em sala de aula é exatamente aquilo que os nossos convidados para palestras trazem em suas falas. O que a gente fala em aula é a realidade do mercado”.
A Professora Letícia Maria Alvares orientou o trabalho “Desmistificando a Atuação do Psicólogo Jurídico”, das alunas Natany Sara Fonseca da Silva, Érica Arruda Peluzio, Elisa Dutra Paula e Larissa Oliveira Pena. “As meninas trabalharam muito. Desenvolveram o trabalho durante todo o semestre passado e essa é a realização de tanto esforço”. Natany Fonseca ressaltou a importância do trabalho em equipe: “A parceria que montamos é muito boa. É um prazer trabalhar com minhas colegas. Estamos juntas há 4 anos e a orientação da Professora Letícia é ótima. Isso é muito importante para a nossa formação”.
Durante o SIMPAC aconteceu também mais uma edição da Feira de Empresas Simuladas.
Outro momento marcante do VI SIMPAC foi a homenagem a Sylvio Miguel, um dos mais antigos funcionários da Univiçosa, durante a inauguração das instalações do NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão). O Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos passar a levar o nome de Sylvio Miguel. No local também funciona o Comitês de Ética em Pesquisas com Animais.
Balanço do VI SIMPAC é positivo
Nesta sexta edição, o SIMPAC se consolidou como forma de expressão científica da Faculdade. O comentário é do Professor Rogério Pinto. O credita o sucesso do evento ao amplo envolvimento das pessoas que fazem a Instituição funcionar como geradora de conhecimento.
Rogério Pinto afirma que, quando o SIMPAC foi criado, há seis anos, havia um incentivo para que alunos e professores apresentassem idéias e discussões disciplinares, com pesquisas que em sua maioria se tratavam de revisões bibliográficas sobre assuntos de importância ou relatos de caso. “Verificou-se que, de lá pra cá, o foco mudou, e muito. Aquele anseio de apenas fazer algo didaticamente se transformou em uma produção cada vez mais rebuscada, que em nada deixa a desejar as produções das melhores Instituições de ensino deste país. Vimos pesquisas apresentadas aqui que foram temas de trabalhos de conclusão de curso e que estão sendo publicadas em revistas científicas de grande impacto. Creio que algumas estão na vanguarda, por serem balizadas por linhas de pesquisa que envolvem conhecimentos interdisciplinares. Estamos realmente fazendo ciência nova, e isso é motivo de orgulho”.
O professor reforça seu sentimento de orgulho de novo ao olhar para o começo. “Tenho ainda mais orgulho quando me lembro do início de tudo. Dois alunos e uma ideia inquietante, a de realizar um evento acadêmico Científico. E essa ideia foi abraçada de imediato pela Instituição. Pedro Demo* diz que ‘a iniciativa do aluno é o maior patrimônio didático, em o que de pouco adiantaria a competência do professor’. Também, podemos parafraseá-lo quando ele nos diz que a pesquisa pode significar condição de consciência crítica e cabe como componente necessário de toda proposta emancipatória. Para não ser mero objeto de pressões alheias, é mister encarar a realidade com espírito crítico, tornado-a palco de possível construção social alternativa. Ai já não se trata de copiar a realidade, mas de reconstruí-la conforme nossos interesses e esperanças. ‘É preciso construir caminhos, não receitas que tendem a destruir o desafio da construção’. Ao citar Pedro Demo, estamos dando a tônica de construção que o SIMPAC nos permite. É um aprendizado contínuo de todos”, conclui.
O SIMPAC ainda não acabou. Nos próximos dias serão divulgados os três melhores trabalhos, a serem premiados durante uma MultiQuinta.
* DEMO, Pedro. Pesquisa: Princípio Científico e Educativo. Ed.12 São Paulo: Cortez. 2006.120p. (Biblioteca da Educação. Serie I. Escola, v.14)