Andreia Kelly Rodrigues Cordeiro de Almeida: Fisioterapeuta, Especialista em Geriatria e Gerontologia. Preceptora de estágios em Fisioterapia na Uniclínica Ramos. Professora do Curso de Fisioterapia da Univiçosa
Dentro da perspectiva da Política Nacional de Atenção à saúde da mulher, é necessária a abordagem fisioterápica da mulher com Incontinência Urinária, definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urina.
Além de ser altamente prevalente: 60% entre mulheres, essa é uma condição de saúde crônica capaz de comprometer as funções físicas, sociais e mentais das mulheres, além de acarretar altos custos econômicos, caracterizando-se como um problema de saúde pública.
Existe atualmente uma variedade de opções terapêuticas como medicamentos, cirurgias e na fisioterapia o Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP) é o tratamento conservador de primeira linha, ou seja, é a primeira intervenção a ser recomendada para mulheres com Incontinência Urinária que podem ser classificadas como: de esforço, de urgência e Mista.
Segundo estudos, a melhora de 50% dos casos de Incontinência Urinária através do TMAP, onde atribuíram essa melhora ao ganho de percepção, força e endurance que o TMAP proporciona o que contribuiu para uma significativa melhora na Qualidade de Vida dessas mulheres.
Sendo assim, o fisioterapeuta pode oferecer, na atenção básica, uma opção terapêutica comprovadamente eficaz, de baixo custo e segura às usuárias de qualquer faixa etária com sintomas de IU, diminuindo os encaminhamentos para o serviço de maior complexidade que muitas vezes podem não resultar na melhora do quadro da paciente.