Consumo moderado evita danos à saúde
* Grasiely Fernandes Roberto
A Psoríase é uma doença dermatológica, inflamatória de pele, não contagiosa e crônica. Manifesta-se em pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, atingindo igualmente homens e mulheres. É caracterizada por escamações com coceiras que afetam principalmente joelhos, cotovelos, couro cabeludo, palmas das mãos e sola dos pés, podendo se estender por todo o corpo.
De acordo com estudo feito nos Estados Unidos pela “Harvard Medical School”, mulheres que consomem mais de cinco copos de cerveja por semana apresentam o dobro de risco de desenvolver a Psoríase em relação a mulheres que não consomem.
Em mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 copos de cerveja por semana, os pesquisadores observaram um aumento de 72% no risco de Psoríase, em relação às mulheres que não bebiam. Esse risco foi de 130% maior para mulheres que bebiam cinco copos por semana. Não foi encontrado aumento de risco entre as mulheres que consumiam cerveja não-alcoólica, vinho ou bebidas destiladas.
Segundo o autor da pesquisa, Abrar Qureshi, a cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de Psoríase, sugerindo assim que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, ausentes em outras bebidas, podem ter um papel importante no estabelecimento da doença.
Publicado na revista especializada “Archives of Dermatology”, o estudo sugere a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja, como a causa do aumento no risco de Psoríase. Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de Psoríase em pacientes sensíveis, uma vez que as pessoas com a doença podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.
* Acadêmica do sexto período do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Texto revisado pela Gestora do Curso, Luiza Carla Vidigal Castro