Ilustração: Stock Photos
Marta Cristina Reis: Bacharel em Enfermagem, Licenciada em Enfermagem. Especialista em "Administração Hospitalar e Saúde Pública". Professora do Curso de Enfermagem da UNIVIÇOSA
O conceito de doença, o significado para o homem e as formas de abordá-la têm sofrido variações ao longo do tempo. As doenças aparecem a partir do desequilíbrio do organismo e até mesmo do ambiente, trazendo alterações patológicas para o ser humano.
Apesar do grande desenvolvimento tecnológico, ainda não houve grandes avanços no que se refere ao autocuidado, ou seja, as próprias pessoas se cuidarem, adotando posturas de prevenção às doenças. Dessa forma, não se conseguiu resolver, ainda, problemas de saúde da maioria da população, principalmente quando estão implícitas condições sociais e educacionais desfavoráveis. Esse panorama leva os clientes a procurarem a assistência clínica quando disfunções orgânicas já apresentam seu caráter agudo ou crônico.
E esse problema está diretamente relacionado à saúde do homem, no que diz respeito a uma patologia que tem sido a causa de um expressivo número de óbitos: o câncer de próstata.
De acordo com pesquisas, no Brasil o câncer de próstata é o mais comum entre os homens. É considerado um câncer da 3 idade, já que um número significativo de casos ocorre a partir dos 65 anos. É provável que grande parte desse público não tenha sido bem informada da importância de se cuidar e, consequentemente, não teve a oportunidade da prevenção. Diante desse cenário, é preciso que essa população tenha mais informação e que exista mais empenho na realização de exames de rastreamento, que fazem parte da medicina básica.
Embora seja um assunto bastante relevante, percebe-se que o público masculino, mesmo sabendo da necessidade e seriedade do assunto, ainda se mostra resistente a ir às consultas médicas e a buscar informações.
O Ministério da Saúde, visando atender o público masculino, apresenta como prioridade a Política Nacional de Atuação Integral a Saúde do Homem, devendo ser executada nos diferentes níveis de atenção.
Cabe, primordialmente, aos governantes e profissionais da saúde, atuarem na educação desse público e das suas famílias em todas as faixas etárias e sociais, a fim de chegar mais perto do objetivo que é a procura da assistência a Saúde, melhorando assim a qualidade e a expectativa de vida desses cidadãos.