A Revista Brasileira de Farmácia — ISSN 2176-0667, online — da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em seu volume 93, n 3 de 2012, publicou, o trabalho “Prospecção fitoquímica, potencial anti-helmíntico e análise toxicológica de Macaé (L. sibiricus L.)”, conduzido pelo Professor Camilo Amaro de Carvalho, em parceria com pesquisadores colaboradores do Grupo de Pesquisa que ele coordena, o Fitofármacos. A parceria envolveu o Professor Gabriel Domingos Carvalho (Instituto Federal do Espírito Santo) e os farmacêuticos graduados pela Univiçosa – ainda alunos, na época da pesquisa: Bruno Henrique Ferrão, Renata de Fátima Molinari, Michelle Bicalho Teixeira e Camila Miranda Martins, além da médica veterinária Klécila Rejane Portes Reis, também ex-aluna da Univiçosa.
O artigo publicado foi todo desenvolvido dentro das instalações da Univiçosa e sua publicação na revista da ABF reforça a tendência da instituição de promover pesquisas em parceria com outras faculdades e universidades, permitindo o crescimento científico dos alunos e aprimorando os conceitos de interdisciplinaridade. Além disso, as publicações elevam o nível dos currículos dos alunos favorecendo sua inserção no mercado de trabalho.
“O Fitofármacos está à disposição de professores e alunos interessados em promover parcerias”, diz Camilo Amaro.
A pesquisa
Para a condução do trabalho, as folhas de Leonurus sibiricus L. (Macaé) foram coletadas, selecionadas, limpas, secas (40°C) e trituradas. Os extratos foram preparados em água destilada à 10% (m/v) e submetidos à extração por uma hora. Os filtrados foram submetidos às análises química (prospecção fitoquímica e espectrofotométrica) e biológicas (atividade ovicida, larvicida e ensaios de toxicidade frente a Artemia salina). O extrato aquoso das folhas de L. sibiricus L. demonstrou-se eficaz no controle de estrongilídeos, apresentando redução da eclodibilidade dos ovos (62%), além de baixa toxicidade in vitro frente à Artemia salina L.
O estudo revela uma promissora fonte de novos fármacos com atividade larvicida e aplicação veterinária. Entretanto novos testes de doses eficazes, toxicidade e isolamento do(s) metabólito(s) responsável(is) pela atividade deverão ser realizados. Além de estudos de formulações farmacêuticas visando um produto com qualidade e baixo custo.