Alessandra Sayegh Arreguy Silva, Gestora do Curso de Medicina Veterinária. FACISA: Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa
Foi firmada uma parceria entre o Curso de Medicina da Univiçosa e o IEBMA (Instituto Ecológico Búzios Mata Atlântica). A iniciativa é da Médica Veterinária Carla Sassi, que apresentou a proposta durante a IV Jornada Acadêmica do Curso, recentemente. Carla Maria Sassi de Miranda, graduada pela Univiçosa, é a responsável pelo Projeto de Reabilitação de Pinguins-de-Magalhães do IEBMA.
O Brasil é o país com a maior biodiversidade em todo o mundo. Dentre as espécies da avifauna brasileira constam aquelas que realizam movimentos migratórios sazonais, compartilhando territórios com outros países. As espécies migratórias sofrem pressões sem fronteiras, geradas simultaneamente pela intensificação de atividades humanas em seus locais de reprodução e de alimentação – invernada. Para aves marinhas, as principais consequências destas ações são advindas da poluição dos oceanos, da captura acidental por artefatos de pesca, da redução dos estoques pesqueiros pela intensificação da pesca, do turismo desordenado nas colônias reprodutivas, da introdução de espécies exóticas, das alterações ecológicas advindas das mudanças climáticas, da introdução de doenças, da perda, degradação e pela fragmentação do habitat, dentre outros fatores. Esses animais precisam retornar ao seu habitat natural e, para tanto, necessitam ser examinados, assim como também os animais que vierem a óbito precisam ser submetidos a necropsia e exames histopatológicos.
Pelo caráter socioecológico do projeto e por serem escassos os estudos desta natureza, foi encaminhado ao NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão da Univiçosa) o Projeto de Extensão.
Compõem o grupo da Univiçosa as professoras Alessandra Sayegh Arreguy Silva, Sâmara Turbay Pires e Waleska de Melo Dantas realizaram exames clínicos e laboratorais e morfometria [medição das asas, patas, tamanho corporal e do bico] em 7 pinguins. “Fizemos um atendimento de emergência a uma gambá com 8 filhotes e trabalhamos das 8h as 21 h, só com intervalo de almoço”, relata Alessandra Sayegh, de volta a Viçosa.
O projeto tem a previsão de duração de 2 anos e tem como objetivo a conservação da espécie. A Univiçosa mais uma vez se destaca por ser uma Instituição de Ensino Superior preocupada com sua responsabilidade ecológica.