Foto: Stock Photos
Rodolfo de Souza, Jornalista: Assessor de Comunicação da Univiçosa
É desejável que todos escrevam bem, mas quem lida com comunicação tem o dever de escrever bem. E isso requer clareza, objetividade, coesão e vocabulário adequado; fluidez no texto: ordene a informação de forma direta! Caso desconheça o assunto sobre o qual vai escrever, pesquise! Ler regularmente é pré-requisito.
Considere sempre que todo texto tem o objetivo de informar, mas o texto jornalístico precisa levar essa característica com uma preocupação extra: todos devem compreender a mensagem. Não é errado usar termos técnicos, mas, quando eles forem necessários, explique-os de maneira a não agredir os que conhecem o tema e não ridicularizar aqueles que o ignoram.
Escrever períodos longos demais ou com repetição de ideias não é pecado, mas deve ser evitado. Pode ser um boicote ao próprio texto porque o leitor talvez desista logo no primeiro parágrafo. Outra vantagem é reduzir as oportunidades de erro: se o período é curto, não haverá armadilhas pelo caminho. Uma excelente estratégia é escrever — ou falar — sempre no singular, a menos que o plural seja inevitável. Falar ou escrever no singular facilita as conjugações verbais e nominais.
Procure estabelecer os objetivos de seu texto: o que você deseja comunicar? Listar objetivos ajudará na tarefa. E deixe claro o que pretende logo na primeira frase, sem maiores explicações (elas ficam para depois).
Ao acabar de redigir, faça uma leitura crítica. Carlos Drummond de Andrade: poeta, cronista e contista brasileiro (1902-1987) ensinou que “escrever é cortar palavras”. Corte tudo que considerar excesso. Edite seu texto!
Não se permita, jamais, confundir-se no uso da crase, um fantasma que assombra a todos, mas que não pode nem de perto incomodar quem escreve por ofício. É simples! Crase só combina com palavras femininas. Na dúvida, use um sinônimo masculino; se antes dele couber “ao”, então utilize a crase.
Outra dificuldade de muitos é a divisão de parágrafos. Basta colocar uma ideia por parágrafo.
No mais, pratique! Escrever, como tudo na vida, é experiência.