Raquel Moreira Maduro de Carvalho: Química, Mestre e Doutora em Engenharia Química. Professora dos cursos de Engenharia Química e Engenharia Ambiental da Univiçosa
O motor de combustão interna são máquinas térmicas; a produção ocorre a altas temperaturas atingidas pela conversão da energia química de um combustível. O motor a gasolina e o motor a diesel são exemplos dessas máquinas.
O motor a gasolina foi descrito inicialmente por Nikolaus Otto aproximadamente em 1876, hoje o processo é constituído por quatro etapas: tempo de admissão, tempo de compressão e ignição, e, tempo de e exaustão. O motor a diesel foi desenvolvido por Rudolf Diesel em 1900, o primeiro motor movido a óleo de amendoim. Atualmente o biodiesel é misturado ao diesel na porcentagem recomendada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Contudo, os dois combustíveis, gasolina e o diesel, são derivados do petróleo.
Os dois tipos de motores apresentam diferenças, dentre três que recebem destaque:
- Combustão do combustível: O motor a gasolina necessita de um dispositivo faiscador (vela) para dar início à reação de combustão, ignição por centelha. Em contrapartida, na maioria dos motores a diesel à ignição ocorre por compressão;
- Entrada do combustível: No sistema a diesel, somente o ar é aspirado na admissão e o combustível é injetado quando o motor atinge a máxima compressão da massa de ar, ocasionando a explosão da mistura (devido às altas temperaturas e pressão no interior da câmara). No motor a gasolina o combustível entra na câmara no mesmo momento que o ar, o que provoca perdas na taxa de compressão do motor.
- Preço do combustível: A gasolina apresenta maior preço devido ao processo industrial. Em comparação ao diesel, a gasolina necessita de um maior refino do petróleo.
Embora os dois motores apresentem diferenças no funcionamento, ambos são eficientes e estão em constante estudo para que suas tecnologia seja cada vez melhor.