Tem muito emprego em todas as partes do Brasil, mas falta mão de obra qualificada. A frase já virou lugar comum nas agências de emprego, nos comentários de especialistas e entre os empresários. Mesmo assim, ainda não “caiu a ficha” de muita gente que prefere reclamar da situação em vez de procurar uma boa faculdade e estudar bastante para aproveitar a onda de progresso do país, puxada pela descoberta de reservas petrolíferas – com reflexos em todos os segmentos da economia nacional, e pelos grandes eventos esportivos internacionais que serão sediados no Brasil: Copa do Mundo, em 2014, e Olimpíadas, em 2016.
O Governo Federal detectou há tempos a carência de profissionais preparados no campo da tecnologia e vai investir na ampliação da oferta de vagas em institutos e universidades federais. A Univiçosa, oferece cursos superiores de tecnologia, além das opções tradicionais nas áreas de saúde e exatas.
Agora, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) resolveu ampliar a atenção sobre o problema e buscar soluções imediatas. O primeiro passo é a realização de um censo para medir a carência de mão de obra qualificada no Brasil, indicando onde faltam e onde sobram profissionais de tecnologia. Não há previsão de data para começar o censo, mas a decisão já está tomada, por sugestão do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
“O censo é fundamental para não comprometer o crescimento do país no médio e no curto prazos”, diz o Presidente do CONFEA, Marcos Túlio de Melo, principal defensor da ideia. “Seria apenas a primeira de uma série de medidas para evitar um gargalo no mercado de trabalho e nos investimentos em infraestrutura, como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo e a exploração do pré-sal”, comenta.
O Presidente do CONFEA considera, ainda, que o conhecimento da capacidade dos engenheiros e dos profissionais de tecnologia brasileiros dará o norte para a adoção de políticas precisas para o setor.