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André Pereira Rosa: Engenheiro Ambiental, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Professor do curso de Engenharia Ambiental da UNIVIÇOSA
Na iminência do início da Copa do Mundo, há menos de um mês de seu início, o evento mundial que será sediado no Brasil é motivo de muita preocupação também na área ambiental. A análise de impactos ambientais corresponde a um apanhado dos impactos positivos e negativos, os quais poderiam mudar a realidade de uma cidade, tornando-as mais funcionais e aptas ao turismo, assim como poderiam indicar problemas graves em relação à potencialização da desigualdade social.
De forma geral, os principais impactos positivos do evento no Brasil podem ser associados ao aumento dos rendimentos, oferta de trabalho, serviços e arrecadações públicas, incremento do turismo local, assim como a melhoria da infraestrutura das cidades-sede, deixando um legado para a população local após o fim da Copa do Mundo.
Entretanto, os impactos ambientais negativos são de grande relevância, especialmente durante a construção das obras e após a competição. Dentre os impactos mais notáveis, indicam-se a modificação da paisagem, impermeabilização do solo e escoamento superficial, perturbações nas vizinhanças, elevação do fluxo de pedestres na área, com aumento de riscos de acidentes.
A fim de minimizar os impactos negativos, é necessário o conhecimento propriamente dito dos impactos, assim como a proposição de planos de controle e monitoramento ambiental, além do devido acompanhamento de todo o processo pelos órgãos ambientais, o que se espera ter ocorrido desde o anúncio do Brasil como sede. A participação dos vários setores da sociedade é fundamental para a potencialização e manutenção dos benefícios e do legado que a Copa vai deixar para o Brasil, apesar dos transtornos e problemas também gerados por esse evento.