Colóquio na Univiçosa discute papel do professor nos novos tempos da educação

Colóquio na Univiçosa discute papel do professor nos novos tempos da educação
Publicado em 14 de julho de 2015

Palestra do Diretor Geral, Professor Evaldo Zeferino

Começou nesta segunda-feira (13) e vai até quarta-feira o I Colóquio de Educação e Ciências da Univiçosa. Iniciativa do NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão), no Pavilhão das Clínicas da Unidade 1, o Colóquio reúne professores das duas unidades da Univiçosa para discutir, valorizar e ampliar a importância do docente na formação dos futuros profissionais.

Iniciando o Colóquio, o Professor Rogério Pinto, um dos coordenadores do evento, convidou para compor a mesa o Diretor Geral da Univiçosa, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues; o Diretor Acadêmico, Professor Per Christian Braathen; e o Diretor Administrativo-Financeiro, Professor Mateus Mendonça Vieira.

Na primeira palestra, citando dados de pesquisas reconhecidas, inclusive do IBGE e da Hoper Educacional, o Professor Evaldo Zeferino fez um panorama do cenário da educação superior no Brasil e das tendências e expectativas para o setor, do crescente acesso ao ensino superior pelas classes C e D — especialmente oriundos de escolas públicas, através do ENEM e dependentes de financiamentos como o FIES. “São pessoas que batalham pelo sonho de cursar uma faculdade e vencer na vida. Nós temos a responsabilidade de ajudá-las a transformar o sonho em realidade”.

Em seguida, o Professor Sérgio Domingues abordou o Papel do Professor frente ao aluno dos novos tempos, num cenário de diversidade sociocultural.

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O Professor Rogério Pinto diz que a a ideia é preparar os professores para o que virá. “A nossa proposta é tratar e discutir tudo que tem acontecido de novo na Educação. O perfil dos nossos alunos mudou muito nos últimos tempos, e gente sente a necessidade de aproximar ainda mais o professor, fazer com que ele possa também entender que momento novo é esse, porque, na maioria das vezes, no momento em que o professor era ‘aprendente’, ele tinha um modelo de aula, um modelo da contextualização do saber. Hoje ele precisa reaprender as lidar com esse aluno. E a nossa proposta é essa: discutir esse novo momento da Educação e a tríade Ensino-Pesquisa-Extensão.”

Já o Professor Evaldo Zeferino Rodrigues acentua: “temos aqui professores reunidos para discutir o cenário nacional e, a partir daí, implementar projetos para melhorarmos ainda mais. Essa primeira manhã já prenuncia que vamos conseguir cumprir os objetivos do Colóquio. Estão participando docentes comprometidos, e isso é comprovado pela grande presença deles.”

À tarde, o professor Rogério Pinto mostrou a importância do NUPEX na Instituição. Em seguida, o professor Marcelo Dias da Silva apresentou os projetos de extensão realizados pela Univiçosa e a importância deles para o crescimento acadêmico e social. A professora Eliene da Silva Martins Viana falou sobre pesquisas no Programa de Iniciação Cientifica da Univiçosa, Pesquisa Voluntária ou através da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

Ao fim do primeiro dia de Colóquio, o professor Rogério Pinto levantou questões sobre a produção da Revista Científica UniScientiae, que será desenvolvida em conjunto com todos os professores.

Segundo dia

O segundo dia do Colóquio de Educação e Ciências da Univiçosa teve, como primeiro palestrante o professor Fraikson Fuscaldi Gomes abordando a construção do saber como uma forma de perceber o mundo e compreender o ser. Fraikson Gomes explicou as etapas da produção do conhecimento científico, ressaltando que não existe pesquisa sem resultado. Em seguida, a professora Viviane Gomes Lelis falou sobre como trabalhar com os alunos as Normas Científicas para produção de trabalhos.

No começo da tarde, Anália Ataíde de Souza, Pedagoga e Professora de Música, ministrou o Curso de Aprimoramento da Qualidade Vocal para Professores, ensinando técnicas de melhoramento e descanso de voz.

Fechando a programação do segundo dia, o workshop “O Professor enquanto ator em sala de aula: a construção do personagem docente”, com a atriz Jeane Doucas, mestre em Teatro, situou o professor em uma dimensão diferente. “O convite para vir ao evento foi ousado e interessante porque a questão da educação precisa ser pensada num aspecto global do professor. Ele deve ter capacidades além daquilo que consideramos conteúdo, pois muitas vezes o professor entende muito bem o conteúdo, mas não tem condições de transmitir. Então, qualquer ferramenta que ele possa utilizar para que o conteúdo seja expressado de uma melhor maneira para o aluno é fundamental. O teatro dá a ferramenta do autoconhecimento”.

“Ser ator, assim como ser professor, é um sacerdócio. Estamos no Século 21. Chega dessa disposição quadrada e careta do ensino tradicional! O professor chegar como o cara que sabe e fica na frente da sala de aula falando. Isso já acabou! As universidades têm que repensar esse modelo, que não funciona. A sala de aula precisa se tornar afetiva e o professor também, porque sem afeto é impossível à transmissão de qualquer coisa. O professor precisa ter amor no momento em que está na sala de aula, caso contrário, o conhecimento não vai a lugar algum”, finaliza a atriz.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/1ba8e48f-4450-46ab-828d-58f2ad988d36