Começou nesta segunda-feira (13) e vai até quarta-feira o I Colóquio de Educação e Ciências da Univiçosa. Iniciativa do NUPEX (Núcleo de Pesquisa e Extensão), no Pavilhão das Clínicas da Unidade 1, o Colóquio reúne professores das duas unidades da Univiçosa para discutir, valorizar e ampliar a importância do docente na formação dos futuros profissionais.
Iniciando o Colóquio, o Professor Rogério Pinto, um dos coordenadores do evento, convidou para compor a mesa o Diretor Geral da Univiçosa, Professor Evaldo Zeferino Rodrigues; o Diretor Acadêmico, Professor Per Christian Braathen; e o Diretor Administrativo-Financeiro, Professor Mateus Mendonça Vieira.
Na primeira palestra, citando dados de pesquisas reconhecidas, inclusive do IBGE e da Hoper Educacional, o Professor Evaldo Zeferino fez um panorama do cenário da educação superior no Brasil e das tendências e expectativas para o setor, do crescente acesso ao ensino superior pelas classes C e D — especialmente oriundos de escolas públicas, através do ENEM e dependentes de financiamentos como o FIES. “São pessoas que batalham pelo sonho de cursar uma faculdade e vencer na vida. Nós temos a responsabilidade de ajudá-las a transformar o sonho em realidade”.
Em seguida, o Professor Sérgio Domingues abordou o Papel do Professor frente ao aluno dos novos tempos, num cenário de diversidade sociocultural.
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O Professor Rogério Pinto diz que a a ideia é preparar os professores para o que virá. “A nossa proposta é tratar e discutir tudo que tem acontecido de novo na Educação. O perfil dos nossos alunos mudou muito nos últimos tempos, e gente sente a necessidade de aproximar ainda mais o professor, fazer com que ele possa também entender que momento novo é esse, porque, na maioria das vezes, no momento em que o professor era ‘aprendente’, ele tinha um modelo de aula, um modelo da contextualização do saber. Hoje ele precisa reaprender as lidar com esse aluno. E a nossa proposta é essa: discutir esse novo momento da Educação e a tríade Ensino-Pesquisa-Extensão.”
Já o Professor Evaldo Zeferino Rodrigues acentua: “temos aqui professores reunidos para discutir o cenário nacional e, a partir daí, implementar projetos para melhorarmos ainda mais. Essa primeira manhã já prenuncia que vamos conseguir cumprir os objetivos do Colóquio. Estão participando docentes comprometidos, e isso é comprovado pela grande presença deles.”
À tarde, o professor Rogério Pinto mostrou a importância do NUPEX na Instituição. Em seguida, o professor Marcelo Dias da Silva apresentou os projetos de extensão realizados pela Univiçosa e a importância deles para o crescimento acadêmico e social. A professora Eliene da Silva Martins Viana falou sobre pesquisas no Programa de Iniciação Cientifica da Univiçosa, Pesquisa Voluntária ou através da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).
Ao fim do primeiro dia de Colóquio, o professor Rogério Pinto levantou questões sobre a produção da Revista Científica UniScientiae, que será desenvolvida em conjunto com todos os professores.
Segundo dia
O segundo dia do Colóquio de Educação e Ciências da Univiçosa teve, como primeiro palestrante o professor Fraikson Fuscaldi Gomes abordando a construção do saber como uma forma de perceber o mundo e compreender o ser. Fraikson Gomes explicou as etapas da produção do conhecimento científico, ressaltando que não existe pesquisa sem resultado. Em seguida, a professora Viviane Gomes Lelis falou sobre como trabalhar com os alunos as Normas Científicas para produção de trabalhos.
No começo da tarde, Anália Ataíde de Souza, Pedagoga e Professora de Música, ministrou o Curso de Aprimoramento da Qualidade Vocal para Professores, ensinando técnicas de melhoramento e descanso de voz.
Fechando a programação do segundo dia, o workshop “O Professor enquanto ator em sala de aula: a construção do personagem docente”, com a atriz Jeane Doucas, mestre em Teatro, situou o professor em uma dimensão diferente. “O convite para vir ao evento foi ousado e interessante porque a questão da educação precisa ser pensada num aspecto global do professor. Ele deve ter capacidades além daquilo que consideramos conteúdo, pois muitas vezes o professor entende muito bem o conteúdo, mas não tem condições de transmitir. Então, qualquer ferramenta que ele possa utilizar para que o conteúdo seja expressado de uma melhor maneira para o aluno é fundamental. O teatro dá a ferramenta do autoconhecimento”.
“Ser ator, assim como ser professor, é um sacerdócio. Estamos no Século 21. Chega dessa disposição quadrada e careta do ensino tradicional! O professor chegar como o cara que sabe e fica na frente da sala de aula falando. Isso já acabou! As universidades têm que repensar esse modelo, que não funciona. A sala de aula precisa se tornar afetiva e o professor também, porque sem afeto é impossível à transmissão de qualquer coisa. O professor precisa ter amor no momento em que está na sala de aula, caso contrário, o conhecimento não vai a lugar algum”, finaliza a atriz.