Entrevista Rafael Sasse conta como é estágio nos Estados Unidos

Entrevista Rafael Sasse conta como é estágio nos Estados Unidos
Publicado em 18 de fevereiro de 2008

Marcos Rodrigo, Cleiton Elói, Celber Limonge e Cristiano Cabral

Rafael Sasse (foto), acadêmico do sexto período de Medicina Veterinária da Faculdade, é o primeiro estudante da Instituição beneficiado pela parceria com Programa de Estágio Remunerado no Exterior da Universidade Federal de Viçosa (UFV/IEP). Clique aqui para ler a matéria completa sobre a ida de Rafael para os Estados Unidos.

Em entrevista por e-mail, Rafael contou como está vivendo essa experiência.

Como foi sua chegada aos Estados Unidos e de que forma os americanos o receberam?

Minha chegada aqui foi uma loucura. Cheguei no aeroporto de Washington e não tive tempo de pegar a conexão para Columbus, sem saber falar inglês direito, mas saíram umas palavrinhas e consegui resolver tudo. O povo daqui é um pouco frio no começo, mas é o jeito deles mesmo; assim que eles pegam um pouquinho de liberdade é “gozação” o tempo inteiro.

As pessoas aqui me receberam muito bem, sempre tentando ajudar de alguma forma, sempre perguntando se preciso de algo e caso precise para nao ter receio de falar.

Que pontos positivos você destaca neste começo de estágio?

Não so prática como aprendizado. Estou vendo muitas coisas que já vi antes, mas o que eu tenho aprendido supera minhas expectativas; é muita coisa diferente.

Em termos de novos conhecimentos, mesmo tendo chegado há tão pouco tempo, você diria que está valendo a pena?

Claro. Eu acho que só de estar aqui já vale a pena. Só estando aqui mesmo para explicar. Além da experiência profissional, tem a experiência de vida; aqui não tem família, não tem amigos. É so você. É uma sensação muito boa, de superação.

Os conhecimentos adquiridos na Faculdade já te ajudaram, de alguma maneira?

Sim, alguns dias da semana, eu auxilio o Veterinário da fazenda; o cara é muito legal. Eu faço exames físicos, meço todos os parâmetros dos animais; faço tudo que um veterinário faz. E tem uma coisa que eu não posso deixar de ressaltar: a sensação de puncionar vasos de égua TOP 5 melhor genitora da raça puro sangue ingles do mundo, é muito boa.

Como é sua rotina nos Estados Unidos?

Na verdade, antes de vir, eu pensei que fosse trabalhar muito pesado, mas tem gente aqui pra fazer este tipo de serviço mais pesado. Quando eu cheguei, trabalhava em um estábulo onde ficam alguns dos animais em treinamento; eu começava às seis horas e parava as dezesseis com 2 horas de almoço; ajudava a tratar dos animais, na rotina do treinamento, exames, medicações etc. Agora, estou em outro setor da fazenda, onde ficam as éguas gestantes; sou responsável por um dos estábulos com 18 éguas e tenho mais dois auxiliares. Está começando a alta temporada, o que eu faço, basicamente, é monitorar os animais, como, por exemplo, o consumo de alimentos, sinais de possíveis partos, cuidados com neotatos, partos, medicaçoes etc.

O que você diz pra quem pretende viver a mesma experiência do intercâmbio?

Muita gente, antes de eu vir, me chamava de louco; diziam que eu era muito corajoso e que nunca faria uma coisa desta. Eu confesso que fiquei um pouco pensativo, mas sempre tive uma opinião formada sobre isto. O ponto chave é disposição; todos temos inúmeras oportunidades na vida. Alguns encaram como loucura, outros como crescimento. Agora, estou vivendo isto. Sei que fiz a coisa certo, tanto para meu crescimento pessoal quanto profissional. É claro que nem tudo são flores. Tem o problema da distäncia, da saudade de casa e dos amigos, mas o tempo passa muito rápido e a vida é muito curta para se ter medo.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/1aba7691-be27-493e-91c9-3bb7c51ba247