Todo município deve ter plano de gestão de resíduos sólidos diz lei de 2010

Todo município deve ter plano de gestão de resíduos sólidos diz lei de 2010
Publicado em 28 de novembro de 2013

Brasil tem pelo menos 3 mil lixões (Stock Photos)

André Pereira Rosa, Engenheiro Ambiental, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Professor do curso de Engenharia Ambiental da UNIVIÇOSA

Desde 2010, o Brasil conta com a Lei 12.305, sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta lei prevê, dentre outras coisas, que todos os municípios brasileiros devem ter um plano de gestão de resíduos sólidos, o que facilitará o acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.

Dentre as atividades de implantação da nova política, a comissão responsável busca discutir o destino dos 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia, dos quais somente 1,4% é reciclado.

Pela nova lei, após o ano de 2014, no Brasil não poderá haver a disposição dos resíduos sólidos em lixões, os quais devem ser substituídos pelos aterros sanitários. A principal diferença dessas duas formas de destino relaciona-se ao fato de que o lixão é uma forma indevida de disposição final de resíduos sólidos na natureza, sem controle ambiental, causando impactos ambientais no ar, solo e água, enquanto o aterro sanitário é uma alternativa de envio de resíduos que possui critérios de engenharia, controle e monitoramento ambiental.

A realidade dos lixões do Brasil contabiliza pelo menos 3 mil lixões; 27 % das cidades possuem aterros sanitários e apenas 14% dos municípios realizam a coleta seletiva. Vale ressaltar que a garantia do envio de todos os resíduos gerados pela população para aterros sanitários ainda não é sinônimo de desenvolvimento, visto que grande parte dos resíduos gerados tem a composição de matéria orgânica e materiais recicláveis (papel, papelão, vidro, metal). Interessante seria enviar para os aterros sanitários somente os materiais que não pudessem ser reciclados e aproveitados como composto orgânico. Estima-se que se os resíduos, ao serem reciclados, poderiam gerar um recurso de cerca de R$ 8 bilhões/ano ao serem comercializados.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/10f36cc5-ea39-4039-9dde-7236e23de22d