Intoxicação por medicamentos riscos da automedicação

Intoxicação por medicamentos riscos da automedicação
Publicado em 09 de abril de 2013

PhotoXpress

Ricardo Antônio Zatti, Farmacêutico, Gestor do Curso de Farmácia da Univiçosa/Esuv

É prática comum da maioria das famílias brasileiras manterem em suas casas medicamentos estocados provenientes, na maioria das vezes, de outros tratamentos farmacológicos ou deixados por algum parente ou vizinho. Nessas “farmácias caseiras”, podem ser encontrados analgésicos, antibióticos, sedativos, antiinflamatórios e até produtos naturais.

O uso desses medicamentos sem orientação de um farmacêutico ou médico caracteriza automedicação. Segundo informações divulgadas pelo FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz), nos últimos anos o Brasil registrou recordes de intoxicações por medicamentos. Foram, em média, três registros de intoxicações deste tipo por hora. Em Minas Gerais, o Centro de Toxicologia do Hospital “João XXIII”, em Belo Horizonte, vem registrando aumento no número de registros dessas intoxicações.

A desinformação sobre os riscos da automedicação, o difícil acesso a uma consulta médica no SUS (Sistema Único de Saúde) e a facilidade de se adquirir medicamentos no Brasil, contribuem para elevar as estatísticas de envenenamento por fármacos. Segundo especialistas, são comuns casos de crianças intoxicadas após terem ingerido algum comprimido (geralmente atraídas pelas características e cores do medicamento); adultos que utilizam medicamentos não armazenados adequadamente e que, por isto, sofreram processos de degradação química, perdendo suas propriedades terapêuticas e causando efeitos indesejáveis; e pacientes que utilizam medicamentos errados prescritos para outros doentes, com problemas de saúde distintos, porém com os mesmos sintomas.

Alguns sintomas de intoxicação medicamentosa incluem mudança brusca de comportamento, vômitos, diarréia, sudorese, sedação, tonteiras, palpitação e aumento excessivo da salivação. Não guardar medicamentos em casa e nem se automedicar são dos procedimentos fundamentais para se evitar problemas. Não se deve manter uma farmacinha em casa. O máximo que se deve ter em casa são analgésicos.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/0ebddc6b-568c-45eb-82aa-5d2b7d7ad27e