Estudo aponta lesões de anti-inflamatórios no intestino

Estudo aponta lesões de anti-inflamatórios no intestino
Publicado em 11 de agosto de 2010

Orientação farmacêutica garante uso correto de medicamentos

Os anti-inflamatórios não hormonais causam danos sérios ao intestino, além dos já conhecidos efeitos nocivos no estômago e duodeno. Muitas vezes essas lesões no intestino não são percebidas pelos pacientes e nem identificadas pelos médicos. É o que aponta o maior estudo controlado já realizado sobre o tema, que faz uma avaliação sistemática dos efeitos desse tipo de remédio na parte alta do trato gastrointestinal e no próprio intestino.
 
O estudo “Condor” monitorou 4500 pessoas em 32 países, dentre eles o Brasil, e os resultados foram publicados no periódico “The Lancet”. “No intestino, as lesões podem não dar sinais, mas causam perda de sangue oculto nas fezes, o que pode levar a anemia”, afirma o reumatologista Milton Helfenstein Jr., da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Há casos em que o medicamento provoca dores abdominais e diarreia.
 
De acordo com o Gestor do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde [mantida pela Univiçosa], Marcos Rodrigo de Oliveira, o alerta vale para quem tem o hábito de consumir anti-inflamatórios em quadros de dores de estômago, “queimação” e azia. “É muito importante a pessoa sempre procurar um médico antes de tomar qualquer medicamento e se orientar com o farmacêutico sobre a forma correta de utilizar”, alerta.
 
Como se proteger
 
Tomar leite e sal não adianta. Existe uma crendice sobre esta e outras práticas. Helfenstein afirma que o efeito do anti-inflamatório convencional é sistêmico. Ele inibe a produção de uma substância que protege a mucosa do estômago”. Para contornar o problema, o uso é associado a inibidores das secreções ácidas do meio gástrico através da inclusão de mais um remédio para tratar os efeitos do primeiro.
 
“Não se pode esquecer jamais da recomendação básica: consultar o médico e buscar orientação farmacêutica profissional”, finaliza Marcos Rodrigo de Oliveira.
 
 
 


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/0e76adee-b66e-4fcc-b4fa-67bd1cd95f42