Ana Cláudia da Silva: Contadora, Especialista em Gestão de Pessoas, Professora dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Tecnologia em Gestão de Empresas da Univiçosa
Vivemos numa sociedade cada vez mais consumista e compulsiva, ao ponto de algumas pessoas utilizarem toda a sua renda disponível e ainda utilizar créditos de terceiros, tornando-se cada vez mais endividadas e, consequentemente, comprometendo toda a renda pessoal e familiar.
O planejamento financeiro é uma forma de controlar gastos. Através dele, se elabora o orçamento, ferramenta de mensuração e projeção de valores recebidos e dos gastos num determinado período. O uso adequado do dinheiro garante tranquilidade e um futuro financeiro seguro. Planejar as finanças pessoais ou familiares é uma tarefa bastante simples, mas exige um pouco de tempo e organização.
O controle das finanças também é uma etapa que deve ser avaliada periodicamente a fim de não extrapolar os gastos. Os saldos remanescentes devem ser aplicados em fundos de investimentos bancários que tenham boa rentabilidade e que ofereçam menores riscos.
Considera-se como renda familiar todos os ganhos do pai, mãe, filhos e outros integrantes. Essa renda é composta por salários, bicos, pensões, auxílios e outros. Dentre os gastos mais comuns estão água, luz, gás, alimentação, plano de saúde, remédios, combustível, creches ou escolas particulares, telefonia, aluguel, prestações, vestuários e gastos esporádicos.
Ao elaborar o orçamento familiar, é preciso classificar todas as receitas e todos os gastos e observar a diferença entre receitas e gastos; se ela for positiva, o controle está sendo bem feito, e a sobra deverá ser aplicada. Caso a diferença seja negativa, é um sinal de alerta: o orçamento deve ser analisado e, se preciso, alguns gastos serão cortados.
Portanto, faça seu orçamento familiar e viva dentro das possibilidades. O orçamento familiar é uma projeção para o futuro e ajuda a evitar gastos desnecessários. Cabe ainda um alerta para o uso desenfreado de cartões de créditos, que pode transformar as finanças num verdadeiro pesadelo, devido às taxas de juros exorbitantes, o que compromete boa parte da renda por longos períodos.