No Dia do Idoso Enfermagem da Univiçosa alerta sobre risco de quedas

No Dia do Idoso Enfermagem da Univiçosa alerta sobre risco de quedas
Publicado em 27 de setembro de 2010

Cuidar de idoso é missão de toda a família

No Dia do Idoso, comemorado nesta segunda-feira (27), um dado alarmante que serve de alerta para quem tem idosos na família: as quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e frequentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos. A informação está no site do Ministério da Saúde.

De acordo com o Portal, a cada ano, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Em 2006, foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões respectivamente. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.

A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre as mulheres foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro). Por causa da osteoporose, elas ficam mais vulneráveis às fraturas. Os homens caem, mas não fraturam tanto quanto as mulheres. Em 2001, esses números eram bem menores, 15 mil internações do sexo feminino e 7 mil do sexo masculino.

Com o intuito de reduzir esses valores e promover a saúde na terceira idade, o Ministério criou um comitê assessor instituído para prevenção e melhora da atenção. O comitê assessor é formado por técnicos do Ministério da Saúde e representantes da Confederação das Entidades Brasileiras de Osteoporose e Osteometabolismo. Esse grupo promove oficinas para debater estratégias de prevenção de quedas e de osteoporose e os cuidados necessários para aquelas pessoas que caem e fraturam.

A Enfermeira Alessandra Santos de Paula, Gestora do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, destaca os prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, gerando imobilidade e dependência de familiares, além do alto índice de mortalidade. Já a Professora Maria Cristina Reis (Enfermagem da Univiçosa: Administração e Gerenciamento de Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso), alerta para as dificuldades que o idoso tem em relação à visão, audição, equilíbrio, perda de força e, dentre outros problemas, um que chama mais atenção: o uso inadequado de medicamentos.

“Na assistência de enfermagem ao paciente desta faixa etária, realizamos orientações pontuais para o idoso, família e cuidadores, quanto não andar em piso molhado; evitar o uso e até mesmo retirar os tapetes do chão, principalmente os pequenos; evitar subir em escadas móveis; não usar calçados de baixa aderência; providenciar a fixação de barras de apoio no banheiro e corrimão nas escadas; auxiliar e orientar na locomoção dentro de casa; manter, na medida do possível, os móveis no mesmo lugar e, se ocorrer mudança avisar, e sinalizar para o idoso”, diz Maria Cristina.

Por questões de segurança, todo idoso deve avisar ao seu médico se caiu nos últimos seis meses. “É comum a pessoa cair uma primeira vez e não ter maiores consequências, além do susto. Mas, na próxima vez, pode ser que o susto se transforme em pesadelo. A queda deve ser notificada através da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e, assim, a equipe de saúde da família, por exemplo, assume as medidas necessárias para que outra queda não ocorra”, finaliza Alessandra Santos de Paula.


Fonte: https://academico.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/01e4ebd5-1e7d-4770-a326-ea60712a0249